Expresso

Durante o próximo ano, a prestação de cuidados à população terá 10.922,9 milhões de euros, mais 523,3 milhões de euros face ao estimado para 2018 ou 726,1 milhões de euros acima do orçamento deste ano. O valor inicialmente falado para reforçar a Saúde em 2019 era inferior, cerca de 300 milhões de euros

TEXTO VERA LÚCIA ARREIGOSO

Surtiram efeito os sucessivos avisos de todos os intervenientes na Saúde para a necessidade de aumentar o financiamento dedicado à prestação de cuidados aos portugueses. Para o próximo ano, a Saúde poderá contar com 10.922,9 milhões de euros de despesa efetiva consolidada. Na prática, mais 5% (523,3 milhões de euros) em comparação ao estimado para este ano e mais 7,1% (726,1 milhões de euros) face ao orçamento de 2018.

Mais ao detalhe, as 40 entidades públicas empresariais que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre elas hospitais, centros hospitalares ou unidades locais de saúde, representam 5.919,3 milhões de euros da despesa, ou seja, mais 170,8 milhões de euros do que o valor estimado para 2018. O orçamento das entidades do SNS representa 91,5% do total da despesa, ascendendo a uma previsão de 10.053,5 milhões de euros.

Os encargos com pessoal atingem 18 milhões de euros e quase o mesmo (17,6 milhões de euros) os encargos com a aquisição de bens e serviços, sobretudo pela Direção-Geral da Saúde e pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD). “No total, a despesa com aquisição de bens e serviços correntes apresenta um peso de 55,1% do total da despesa consolidada”, ou seja, da fatura com medicamentos, meios complementares de diagnóstico, com as quatro parcerias público-privadas em Braga, Cascais, Loures e Vila Franca de Xira; entre outros. O valor fica ligeiramente abaixo do que fora definido para 2018: 55,3%.