Francisco Rodrigues dos Santos

Unidos venceremos

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Nas palavras do Professor Adriano Moreira, “A Pátria não se escolhe, acontece. E a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia ou a ambição pessoal, acima dela. A Pátria é um dever, a única forma de total amor que temos para lhe oferecer”

No CDS, amamos Portugal, que está a sofrer contra um inimigo implacável, invisível e silencioso, que temos de saber combater com toda a nossa determinação. E vamos fazê-lo juntos!

Este é um momento de união entre todos os portugueses, de estreitarmos os laços que nos ligam, de nos concentrarmos no que nos é comum, de cuidarmos um dos outros e de conduzirmos Portugal à vitória desta guerra. E nós, os políticos, temos de ser os primeiros a dar o exemplo e a oferecer esse testemunho de unidade nacional. Este não o tempo para sectarismos políticos.

O Governo de Portugal contará com o empenho intenso do CDS para vencer esta pandemia. O CDS apoiará, sem hesitações, todas as medidas que salvaguardem o interesse nacional, que protejam as pessoas e a economia, por mais difíceis que sejam. Os sacrifícios que soubermos fazer hoje serão o garante da nossa liberdade amanhã.

A nossa prioridade são as pessoas, a sua saúde e a sua vida, e protegê-las exige que façamos tudo o que está ao nosso alcance. Haverá tempo para avaliar as responsabilidades na gestão política desta crise. Agora é o momento de tocar a rebate, de remarmos juntos para o mesmo lado, de nos assegurarmos que serão tomadas todas as medidas musculadas e urgentes para conter a pandemia e minimizar as cadeias de transmissão.

Temos duas casas para cuidar: a nossa morada e o nosso país. É por isso que lutaremos em nossa casa, evitando o contacto social no exterior; que lutaremos com ruas que vazias, com discotecas que se fecharão, com esplanadas sem gente, e com praias desertas; que lutaremos nos hospitais lotados, entregues às mãos dos profissionais de saúde; que lutaremos com o Sector Social para que nada falte a quem está isolado e necessita de ajuda; que lutaremos com máscaras e não com armas; que lutaremos em quarentena em vez de nas trincheiras.

Os portugueses não se vão render. Nós vamos lutar e vamos vencer!

No CDS não deixámos nas últimas semanas de pedir ao Governo uma liderança mais firme, uma voz de comando mais confiável, uma coordenação que não tivesse medo de decidir, que fizesse o que fosse preciso e que atuasse por precaução. Que não perdesse tempo e agisse em vez de reagir.

No CDS não deixámos de apresentar as nossas propostas, nomeadamente a criação do Gabinete de Crise, o fecho de todos os espaços públicos não essenciais, o encerramento de todas as fronteiras, a quarentena obrigatória das zonas mais infetadas, e um verdadeiro “choque de tesouraria” que apoie as empresas e a nossa frágil economia, o reforço das ajudas ao Terceiro Sector, e a flexibilização das regras europeias em matéria de auxílios de estado e a negociação de um plano europeu de solidariedade para financiamento dos Estados afectados.

Avizinham-se tempos difíceis do ponto vista social e económico. O CDS reclama do Governo humanismo nas medidas que vierem a ser adotadas, para que nenhum português seja deixado para trás.

O tempo que vivemos é um tempo de incertezas e angústias. Incerteza das pessoas sobre se manterão os seus empregos, sobretudo os precários; incerteza sobre como pagarão as suas contas se não puderem trabalhar; incerteza dos que, sem aviso prévio, se veem impossibilitados de regressar a Portugal, incerteza dos profissionais liberais, em especial os Advogados, cujas obrigações atuais não estão esclarecidas. E angústia de tantos empresários que encerram os seus estabelecimentos, que não têm como pagar salários, que não vão conseguir pagar aos bancos e que procuram do Estado as explicações que tardam em chegar.

Fazer face a esta crise implica também que o Governo saiba dar resposta pronta a estas inquietações, que afetam centenas de milhares de famílias, e de cuja serenidade e tranquilidade também depende o sucesso de todos.

O Governo tem ainda de ser capaz de mobilizar a indústria nacional para o fornecimento urgente dos equipamentos em falta, das máscaras individuais aos ventiladores, que tantas empresas estão em condições de produzir. Assegurar o funcionamento eficaz das cadeias de distribuição dos bens essenciais e que não deixe ninguém para trás, em especial os mais velhos e os mais isolados. Que garanta o desenvolvimento da atividade dos heróis de bata branca e das forças de segurança em condições de absoluta segurança e salubridade, pois sem eles e sem o seu esforço não venceremos esta guerra.

Sou um jovem presidente de um partido indispensável na nossa democracia, que já governou o país em coligação por quatro ocasiões, e que ajudou Portugal a levantar-se de graves crises financeiras, sociais e políticas. Hoje estaremos à altura da nossa história e do nosso país. Só o interesse nacional e o bem comum nos importam. O nosso compromisso com os portugueses é total e irrenunciável. Unidos Venceremos. Divididos desperdiçaremos tempo e perderemos vidas.

Apelo aos portugueses que acatem todas as instruções que foram comunicadas pelas autoridades competentes. Juntos, ultrapassaremos mais depressa este período crítico e voltaremos brevemente a abrir a porta de nossas casas, a abraçar os nossos amigos, pais e avós.

Nesse dia olharemos para trás com a consciência de que tudo fizemos para derrotar o novo coronavírus, que fomos responsáveis e que nos reerguemos enquanto povo mais unidos e cientes do nos aproxima uns dos outros.

Como disse um dia Churchill, não chegará fazermos o nosso melhor: só seremos bem-sucedidos se fizermos o que é preciso. Façamos, pois, o que nos compete para dar tudo a Portugal. Pelo nosso Portugal que nos pede que somemos o melhor de cada um de nós. Pelo nosso Portugal que se levantará, uma vez mais, com o esforço de todos nós.