A semana em revista
Em Israel, tudo é política. Até mesmo a realização de um festival da canção. Durante quatro horas, Israel pôde servir-se da Eurovisão para propagandear maravilhas asséticas de um espaço territorial também reclamado pelos palestinianos. Porém, utilizar uns míseros segundos para exibir a bandeira da Palestina (islandeses Hatari e Madonna) é, para a Eurovisão, inaceitável e passível de sanções. Por ser política. A expressão de um poder imperial espelha-se no modo como os EUA se arrogam o direito de condicionar, à escala global, a atividade de empresas, sejam elas europeias a operar em Cuba, seja a Huawei como exemplo para a China.