Cabelos a pente fino

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Curto, comprido, com ou sem franja. Ou à escovinha. Como é que se vai cortar o cabelo em 2019?

Texto André de Atayde

Maisie Storm Duff, de 33 anos, é inglesa e vive em Portugal há 22 anos. Desde cedo percebeu que a sua forma de arte seriam os cabelos — para cinema, teatro e moda. Tirou o curso no CEPAB, o Centro Europeu de Estética, indo depois para Londres, em Inglaterra, continuar os estudos na Academia Vidal Sassoon, ao mesmo tempo que “trabalhava num dos salões mais conceituados de Lisboa, onde tive a oportunidade de crescer e experimentar todas as vertentes da área, desde trabalho de salão, competições internacionais, moda ou cinema”, explica.

Rui Pedro Rodrigues tem 37 anos e é cabeleireiro, ou hairstylist, como se diz hoje, desde os 21. Tal como Maisie, também ele fez a formação no CEPAB, passou pela Vidal Sassoon e pela Toni & Guy, até se mudar para Barcelona, em Espanha, “onde estudei penteados”. Depois tornou-se responsável pelos cabelos nos desfiles do designer Valentim Quaresma, em várias edições da ModaLisboa, “o que me deu alguma visibilidade enquanto hairstylist. Fiz cabelos em produções televisivas e editoriais de moda e publicidade”, conta. Ambos trabalham no &SoWhat, um cabeleireiro no Chiado.

TENDÊNCIAS PARA 2019

Há uma posição defendida por Maisie e Rui Pedro: mais importante do que qualquer tendência é a pessoa escolher o que for melhor para ela, tendo em conta “o gosto pessoal, porque o importante é o cliente sentir-se bem”, diz Rui, e “o formato do rosto, de forma a que se crie uma boa moldura”, reforça Maisie.

Ainda assim, e no que toca aos cortes masculinos, Rui Pedro deixa duas hipóteses, caso se prefira o cabelo mais ou menos comprido. Para o cabelo mais curto, “as laterais podem ser rapadas em efeito degradé, conseguido com a tesoura, e a parte de cima mais despenteada. Nos mais compridos... as laterais pelos ombros, com algum volume, usando o cabelo para o lado, criando uma espécie de franja”.

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Rui acompanha a “evolução dos cortes masculinos ano após ano. As tendências, na verdade, são o que nós quisermos usar, desde que o cliente se sinta bem. É óbvio que existe uma tendência e, de acordo com a mesma, tento sempre chegar à personalidade de cada um”, diz.

Para as mulheres, Maisie defende uma “mistura eclética. Por um lado, cores predominantes, cortes geométricos, undercuts. Ao mesmo tempo, haverá os cabelos naturais, com cores igualmente suaves e um styling glamoroso”. Maisie revela que hoje em dia “não existe uma tendência muito marcada, como antigamente, em que se seguia um comprimento ou formato. Felizmente, é a diversidade que cria tendências”, acrescentando que “os cortes clássicos, como o bob, nunca saem de moda”.

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É importante que o corte permita uma fácil manutenção em casa. Maisie procura “facilitar a vida aos meus clientes, encontrando soluções que sejam fáceis de realizar em casa, porque acho que para a velocidade a que todos vivemos é preciso que isso aconteça”.

Rui Pedro tenta sempre perceber “o tempo e o estilo de vida que cada cliente tem, principalmente as pessoas que me procuram e querem algo fácil e rápido para fazer em casa. Acabo por fazer qualquer coisa que fique bem com o tipo de cabelo de cada um, para que no dia a dia não percam tempo com o penteado”, finaliza.