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Espanha

Catalunha: Torra promete impulsionar “todas as leis suspensas” pelo Tribunal Constitucional

Quim Torra é o novo presidente do governo regional da Catalunha. À saída do parlamento depois de ser empossado no cargo Foto Albert Geaenda/REUTERS

Quim Torra é o novo presidente do governo regional da Catalunha. À saída do parlamento depois de ser empossado no cargo Foto Albert Geaenda/REUTERS

Quim Torra foi investido esta segunda-feira no cargo de presidente do Governo regional, por maioria simples. Na sua intervenção no Parlamento catalão o militante indigitado pelo “Juntos pela Catalunha” reivindicou uma “nação plena” e prometeu 1.100 euros como salário mínimo

Texto Mafalda Ganhão

Uma “nação plena, com todos os seus direitos”, foi a reivindicação deixada pelo representante do Juntos Pela Catalunha, Quim Torra, no discurso que proferiu no Parlamento da Catalunha, onde foi investido presidente do Governo regional.

Entre as várias promessas, Torra comprometeu-se a pôr em marcha um salário mínimo de 1.100 euros e afirmou que, sob a sua alçada, a Generalitat “voltará a impulsionar todas as leis que o PP levou ao Tribunal Constitucional e que foram suspensas”. Algumas “tinham sido aprovadas por unanimidade”, sublinhou.

A partir do seu escritório em Berlim, Carles Puigdemont seguiu online a sessão parlamentar, escreve o diário “El Mundo”.

No plano económico, Quim Torra reclamou a soberania fiscal para a região, e afirmou que o seu Governo pretende criar um organismo para lutar contra a corrupção e fraude.

Depois de falhar a tomada de posse numa primeira ronda de votações, realizada no sábado, Torras será eleito por maioria simples, graças às quatro abstenções da CUP (Candidatura de Unidade Popular, da esquerda radical). Mas, apesar de viabilizar a investidura, a força política diz-se pronta para “assumir um papel de oposição ativa, trabalhando, dentro e fora das instituições, para gerar um novo ciclo do movimento independentista”.exto

Mau tempo

Chuva e vento na Índia causam 42 mortos e 47 feridos em menos de 24 horas

Imagem do mau tempo em Nova Deli, capital da Índia Foto HARISH TYAGI/EPA

Imagem do mau tempo em Nova Deli, capital da Índia Foto HARISH TYAGI/EPA

Cheias e ventos fortos na Índia duram há quase um mês e já provocaram mais de 200 mortos

Texto Lusa

Pelo menos 42 pessoas morreram e 47 ficaram feridas nas últimas 24 horas, na Índia, na sequência das fortes chuvas e ventos que já causaram quase 200 mortes este mês, disseram as autoridades.

No estado de Uttar Pradesh (norte), um dos mais atingidos nas últimas semanas, as tempestades provocaram, entre domingo e esta segunda-feira, 29 mortos e 35 feridos, bem como a morte de nove animais, disse um porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres (NMDA) indiana, Abhishek Shandilya.

Mais a sul, no estado de Andhra Pradesh, a chuva e o vento resultaram na morte de nove pessoas, enquanto em Howrah, no estado de Bengala oriental, quatro crianças morreram e outra ficou ferida, declarou a mesma fonte.

As tempestades também abalaram a capital, Nova Deli, onde pelo menos 11 pessoas ficaram feridas e grande parte da cidade sofreu apagões temporários.

Só no estado de Uttar Pradesh, morreram 29 pessoas nas últimas 24 horas. Há a registar 35 feridos

O Departamento de Meteorologia da Índia mantém esta segunda-feira, em seis estados do norte e leste do país, um alerta máximo para as tempestades, com previsão de rajadas de vento de até 70 quilómetros por hora.

A época das monções, ventos sazonais que geralmente atingem o terço norte do gigante asiático no final de junho, é precedida por dois meses de altas temperaturas que podem exceder os 40 graus e fortes tempestades de vento.

No ano passado, mais de 50 pessoas morreram e quase dois milhões foram afetadas pelas chuvas e inundações no nordeste da Índia, entre o início de junho e meados de julho.

Transportes aéreos

Greve da Brussels Airlines afeta 60 mil pessoas passageiros

Aeroportos portugueses afetados pelos dois dias de greve da Brussels Airline que leva ao cancelamento de 436 voos

Texto Lusa

A companhia aérea Brussels Airlines anunciou o cancelamento de 10 ligações entre Portugal e Bruxelas devido à greve dos pilotos que decorre hoje e se repete na quarta-feira. Fonte oficial da companhia precisou que voltarão a ficar por realizar duas partidas e duas chegadas em relação a Lisboa, tal como no Porto. Quanto a Faro, ficarão canceladas a ida e a volta previstas.

A mesma fonte precisou que 60 mil passageiros são afetados pelos cancelamentos de 436 voos, nos dois dias de greve.

“Temos estado em contacto com mais de 90% destes clientes e oferecemos soluções alternativas. Continuaremos a contactar os restantes passageiros para encontrar uma solução para os planos de viagem de toda a gente”, afirmou a mesma fonte.

Com base em reivindicações salariais, os pilotos entregaram um pré-aviso de greve para dois dias de paralisação: hoje e quarta-feira.

Está prevista para hoje uma reunião entre as duas partes.

Acordo Nuclear

MNE russo defende posição conjunta da Europa e Rússia sobre o acordo com Irão

O MNE russo Sergei Lavrov recebeu esta manhã em Moscovo o seu homólogo iraniano, Mohammad Zarif. O Irão começou ontem em Pequim uma ofensiva diplomática para encontrar aliados sobre o acordo nuclear Foto MAXIM SHEMETOV/EPA

O MNE russo Sergei Lavrov recebeu esta manhã em Moscovo o seu homólogo iraniano, Mohammad Zarif. O Irão começou ontem em Pequim uma ofensiva diplomática para encontrar aliados sobre o acordo nuclear Foto MAXIM SHEMETOV/EPA

O MNE russo Sergei Lavrov recebeu em Moscovo o seu homólogo iraniano que está a fazer um périplo internacional para pedir à China, Rússia e Europa que defendam os interesses do Irão na sequência do rompimento unilateral dos EUA com o acordo nuclear

Texto Expresso e Lusa

Mohammad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irão disse esta segunda-feira que quer garantias dos signatários do acordo nuclear, durante as suas visitas a Pequim, Moscovo e Bruxelas, de que os interesses de Teerão serão defendidos após a saída dos EUA.

“O objetivo final de todas estas conversações é garantir que os interesses do povo iraniano, garantidos pelo (acordo), serão defendidos”, disse Zarif, citado por agências russas.

As declarações foram feitas no início de uma entrevista em Moscovo com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, que, por sua vez, considerou que os russos e os europeus devem "defender conjuntamente os seus interesses" nessa questão.

Ofensiva diplomática iraniana

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, iniciou este domingo (ontem) em Pequim uma deslocação a várias capitais, esperando esclarecer o futuro do acordo e obter garantias de preservação dos interesses do Irão, depois de os Estados Unidos terem anunciado que se retiravam do acordo.

As reuniões em Bruxelas vão realizar-se uma semana depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a saída dos Estados Unidos do acordo concluído entre o Irão e o Grupo 5+1, constituído pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha. Tanto os países europeus como a Rússia e a China criticaram a decisão norte-americana e manifestaram empenho em manter o acordo.

O acordo nuclear permitiu o levantamento gradual das sanções económicas e financeiras internacionais ao Irão em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.

Iraque

Eleições no Iraque: o regresso de um líder xiita e o chumbo da atuação do atual primeiro-ministro

Muqtada al-Sadr é dado como o provável vencedor das eleições parlamentares que se realizaram no último sábado. O primeiro acto eleitoral depois da derrota militar do Daesh

Texto Hélder Gomes

O líder xiita iraquiano, Muqtada al-Sadr, é o mais provável vencedor das eleições parlamentares do último sábado no Iraque. Recorde-se que esta foi a primeira consulta eleitoral a nível nacional desde a derrota do Daesh (autoproclamado Estado Islâmico) em 2017. A informação sobre os resultados está a ser avançada pela cadeia de televisão Al Jazeera, quando já estão contados mais de metade dos votos.

De acordo com esta estação de televisão, trata-se de um regresso assinalável depois de o poderoso líder ter sido afastado durante anos por rivais que eram apoiados pelo Irão.

Estes resultados (preliminares) colocam o bloco do comandante paramilitar Hadi al-Amiri (apoiado pelo Irão) em segundo lugar, enquanto a lista do primeiro-ministro Haider al-Abadi não vai além da terceira posição.

A votação tem sido analisada como uma avaliação ao mandato do atual chefe de Governo e à sua promessa de ser mais inclusivo em relação à minoria sunita no Iraque.