ALTOS E BAIXOS

Distribuição, tintas, regulação e componentes automóveis nos Altos e Baixos da Economia

Alguns dos protagonistas da área económica nos últimos dias

Pedro Lima

Altos

Pedro Soares dos Santos

Presidente da Jerónimo Martins

Numa altura em que prepara a abertura das primeiras lojas na Eslováquia, o Grupo Jerónimo Martins anunciou que os dados preliminares das vendas no ano passado em Portugal, na Polónia e na Colômbia aumentaram 9,3%, para €33,6 mil milhões. Em antecipação, algumas casas de investimento avançaram com revisões em alta das suas análises à empresa, subindo os preços-alvo numa altura em que o grupo antevê que pelo menos durante o primeiro semestre o comportamento dos consumidores se paute pela “prudência e contenção”.

João Serrenho

Presidente da CIN — Corporação Industrial do Norte

A CIN acaba de comprar uma empresa nos Países Baixos — a Hempel Industrial —, que contribuirá com um volume de negócios anual de cerca de €15 milhões, e a sua estratégia naquele país passa por recuperar o anterior nome histórico da empresa, Schae­pman, que remonta a 1830. Com esta compra, o grupo de tintas e vernizes passa a ter 11 fábricas a operar em sete países: Portugal, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Angola e Moçambique.

e Baixos

Luís Laginha de Sousa

Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)

A criação de contas de serviços mínimos para investidores era um dos objetivos estratégicos da CMVM para 2024, com vista a tornar o mercado de capitais mais acessível a pequenos investidores, mas acabou por resvalar para este ano, porque os contactos rea­lizados junto dos intermediários financeiros não produziram os resultados esperados. Ao mesmo tempo, o regulador dos mercados e o Banco de Portugal são apontados pelo Ministério das Finanças como responsáveis por ainda não ter sido divulgado o diploma nacional para a execução do regulamento europeu para o sector dos criptoativos. Dizem as Finanças que as duas entidades demoraram a dar os seus contributos técnicos.

José Couto

Presidente da AFIA — Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel

A redução das vendas ao exterior da indústria portuguesa de componentes é uma das faces visíveis da crise que afeta o sector automóvel na Europa. Em novembro, a queda foi acentuada — 17,3%, bem superior ao previsto —, o que fez a associação do sector rever a previsão para o ano: em vez de uma queda de 5% estima-se agora que seja de 6,3%. E 2025 deverá ser também um “ano difícil”.