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“2018 foi um ano de concretizações. 2019 será ainda melhor”

A 3ª edição dos TAP Awards decorreu esta semana no Páteo da Galé, em Lisboa. Um total de 49 prémios distinguiram as entidades, empresas e pessoas que mais fizeram para divulgar Portugal, o turismo e a companhia aérea nacional durante o ano passado

ATAP acaba de completar mais um aniversário – o 74.º – há pouco mais de uma semana, mas, como diz Miguel Frasquilho, chairman da companhia, “não é velha, está mais jovem do que nunca. A comprová-lo a abertura de novas rotas, já no próximo domingo, a ligar Lisboa a Telavive, Basileia e Dublin, que se juntam a outras nove novas rotas, que serão inauguradas ao longo de 2019.

Para suportar este crescimento no transporte de passageiros de Portugal para todo o mundo, e de todo o mundo para Portugal, a TAP prevê colocar no ar 71 novos aviões até 2025.

Para Antonoaldo Neves, CEO da companhia, é motivo de orgulho o crescimento no número de passageiros verificado em 2018. No total, os aviões da TAP levaram 16 milhões de viajantes aos seus destinos. “Melhorar a pontualidade tem sido uma prioridade.” Antonoaldo Neves lembrou ainda que a TAP é o maior exportador nacional, com 79% das suas receitas a chegar de fora do país.

A transportadora é também um dos maiores empregadores nacionais. Só em 2018 foram admitidas cerca de 1300 pessoas nos quadros da empresa, que conta com uma despesa de cerca de 40 milhões de euros na sua folha de pagamento de salários, revelou ainda o CEO.

Outra grande aposta do ano de 2018 foi, segundo Antonoaldo Neves, a melhoria nos níveis de satisfação do cliente. Depois de vários problemas nesta área, a companhia fez um grande investimento em novos aviões, tecnologia, serviço a bordo e recursos humanos, que já deu os primeiros frutos. “Em menos de um ano duplicámos a satisfação do cliente”, garante.

Para os próximos anos, o CEO destaca o reforço das rotas no Brasil, garantindo o domínio da TAP naquele destino. África contará também com grandes apostas – novas rotas, mais frequências e novos aviões – que permitam consolidar o crescimento que tem conseguido nos últimos anos. “Este continente vale já 9% do nosso negócio”, salienta. Já para os Estados Unidos, Antonoaldo Neves reconhece que “há muita margem para crescer, uma vez que a companhia tem apenas 1,8% dos lugares para este destino”, sendo um dos focos para os próximos anos.

A TAP continuará, assim, a seguir o seu plano de expansão no Atlântico Norte, que é já um dos mercados mais relevantes para a companhia, a par com o Brasil. Este verão, a rede TAP terá três novas rotas nos Estados Unidos, S. Francisco, Washington e Chicago.

A companhia aérea nacional passou de três rotas neste mercado, em 2015, para dez atualmente. Às novas rotas acrescenta-se o reforço das frequências do Porto para Newark.

Satisfeitos com os resultados e com as perspetivas para o futuro, os responsáveis da TAP deixaram o palco nas mãos do mágico Luís de Matos que, sem truques na manga ou coelhos na cartola, revelou os 49 vencedores nas 11 categorias dos TAP Awards. Não faltou ainda a animação com um pequeno concerto dos Amor Electro, cuja energia contagiou a plateia.

PERSONALIDADE DO ANO

Peter Greenberg

“Sinto que pertenço a Portugal”

Peter Greenberg, jornalista de investigação e editor de viagens na CBS News, nos Estados Unidos, autor do blog Travel Detective, e considerado uma das pessoas mais influentes no sector do turismo, foi o escolhido para o prémio Personalidade do Ano, na 3.ª edição dos TAP Awards. Apaixonado por Portugal, aterrou pela primeira vez em Lisboa por engano! – há 41 anos, e continua a voltar regularmente para descobrir mais e mais sobre o país. Desde então, o amor cimentou-se e hoje a relação com o país é um sério compromisso de fidelidade.

A aventura à descoberta de Portugal começou em 1978 quando o voo que deveria apanhar de Copenhaga para Los Angeles foi cancelado. Quis o destino que fosse direcionado da Dinamarca para Lisboa, onde deveria ficar uma noite, que acabou por transformar-se num fim de semana prolongado. “E a culpa foi do elétrico”, conta divertido. Uma viagem recomendada por um habitante local, que lhe deu a conhecer uma das cidades mais antigas da Europa e do mundo, repleta de história, a bordo do “elétrico amarelo de madeira”. Três meses depois estava de volta para descobrir mais. O país agarrou--se-lhe à pele para não mais sair. “Sinto que pertenço a Portugal”, revela com o orgulho de quem se sente acolhido e bem recebido por um povo que considera “fantástico”.

A Lisboa de então era vista como “a capital do reino de um império morto”, mas Peter Greenberg reconhece que rapidamente descobriu que estava vivo. “Este sítio grandioso tinha um charme especial, com a sua madeira escura, espelhos, latão, mesas de madeira e pedra”, recorda. Hoje, acredita que “o império está de volta”, mas a conquista faz-se ao contrário, atraindo visitantes de todo o mundo para terras lusas.

Quatro décadas depois continua a descobrir Portugal a cada nova visita. Reconhece que o país mudou muito, modernizou-se e está mais dinâmico, mas sem perder a identidade e a calma que o caracteriza. Ignora as brochuras turísticas e procura conhecer mais pelos olhos dos habitantes locais, não se cansando de pedir sugestões a todos com quem se cruza.

As suas recomendações sobre o destino Portugal extravasam a capital e alerta os viajantes que o seguem de que “há muito para explorar fora dos grandes centros como Lisboa e Porto”. O Alto Douro Vinhateiro é um cenário que não se cansa de aconselhar, bem como as ilhas da Madeira e dos Açores (onde regressará para uma reportagem alargada no próximo mês de junho). “Mas há mais”, diz, “muito mais nas pequenas vilas, pequenos recantos, autênticas joias”.