A tempo e a desmodo

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Henrique Raposo

António Costa nos incêndios: de fraude em fraude

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Cognome: “O Impune” <span class="creditofoto">Foto Ana Baião</span>

Cognome: “O Impune” Foto Ana Baião

Nada muda. Nada mudou. Agora, no pico dos incêndios, mesmo depois do aviso de Marcelo, percebemos que boa parte dos projetos relacionados com os incêndios são fraudes mediáticas. Um clássico de António Costa.

Sim, boa parte das medidas de combate a incêndios da gestão Costa são encenações para as câmaras de tv. Quando as câmaras de tv regressam a Lisboa com a propaganda gravada, o país real fica com golas de proteção inflamáveis e rebanhos de cabras sapadoras que comem as culturas agrícolas e não os matos. Ninguém vai exigir demissões e explicações? Segundo o “Observador”, o fabricante das golas questionou a escolha do material (poliester). A Proteção Civil disse que não fazia mal porque era só para sensibilização. Ou seja, era propaganda. Propaganda televisionada e facebookada. Propaganda paga pelos nossos impostos, propaganda que coloca em causa as pessoas rodeadas por um fogo. Ninguém vai exigir demissões e explicações?

Quando as câmaras de tv regressam a Lisboa com a propaganda gravada, o país real fica com golas de proteção inflamáveis e rebanhos de cabras sapadoras que comem as culturas agrícolas e não os matos

Marcelo Rebelo de Sousa disse-nos há dois anos que as políticas relacionadas com os incêndios constituiriam um foco central da sua avaliação do governo. Se calhar, esse discurso também foi show-off. Porque, se calhar, Lisboa e as cidades do litoral não querem saber do drama do interior. Os incêndios só aparecem na tv, não é?