O fogo arde onde há desleixo: ardeu a pobreza de Pedrógão, ardeu a riqueza de Mati
À esquerda Pedrógão em 2017, à direita a Grécia hoje: o horror das chamas não discrimina nem tem piedade. Como ler e ver a tragédia de Mati, que matou pelo menos 74 pessoas esta terça-feira, sem passar novamente pela mágoa profunda que silenciou Portugal há pouco mais de um ano? Nádia Piazza, presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, escreve para o Expresso Diário com a propriedade da dor de quem sabe como o fogo nos leva o mais querido: no caso, um filho de cinco anos