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ROCK IN RIO
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Isto não é um festival
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O Rock in Rio é diferente de todos os outros festivais. Em rigor até pode nem ser um festival. Eis 3 razões que distinguem e que podem justificar uma ida ao Parque da Bela Vista
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TEXTO MIGUEL CADETE
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Em 1929, o pintor surrealista belga René Magritte apresentou pública e provocatoriamente a sua obra “A Traição das Imagens”. Na tela está pintado um cachimbo, por baixo do qual se pode ler em jeito de legenda “isto não é um cachimbo”. Magritte estava obviamente certo. O quadro não era um cachimbo - não se podia fumar - mas tão só a representação de um cachimbo. O Rock in Rio também é assim. Quase tudo o distancia dos outros festivais ainda que todos gostemos de acreditar que aquele é “o” festival por excelência. Ora vejam, em jeito de legenda:
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1É um festival urbano o que contraria toda a história dos festivais, lá fora e em Portugal. Se o protótipo dos festivais no estrangeiro terá sido o Woodstock, nos arredores de Nova Iorque, por cá o galardão deve ser atribuído a Vilar de Mouros. Ambos se realizaram longe do bulício das cidades, fazendo apelo à evasão rumo ao bucolismo dos campos. Mas ainda hoje, os maiores festivais do mundo sucedem no espaço rural, como Glastonbury no Reino Unido, ou até mesmo no deserto, como é o caso de Coachella, na Califórnia.
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A opção, que o Rock in Rio partilha com o Optimus Alive, faz toda a diferença pois não existe a pernoita no recinto de festas. E assim sendo quebra-se o sentimento de comunidade que os mais aguerridos militantes dos festivais consideram condição necessária e indispensável. É o que sucede no Meo Sudoeste, por exemplo. Por outro lado, e em sentido oposto, essa escolha permite atrair famílias inteiras e faixas etárias que não estão dispostas a partilhar uma tenda num parque de campismo. Não será a ideia mais perfeita de “sexo, drogas e rock\'n\'roll” mas é uma decisão quanto à localização do evento imperativa para que o Rock in Rio atraia um público transversal, capaz de ultrapassar em número o dos outros festivais. Este ano, para a noite dos Rolling Stones, a única que já foi anunciada como esgotada, a organização chegou a estimar a presença de 90 mil espetadores, valor que mais tarde foi corrigido para 65 mil.
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2 É um festival sem género musical pré-definido. Ao contrário de muitos outros eventos que constroem um cartaz dedicado quase exclusivamente ao heavy-metal, ou à música eletrónica ou ao rock mais ou menos pesado, o Rock in Rio é agnóstico e tem de tudo um pouco. Essa opção decorre da anterior: cada dia do festival, que se realiza em dois fins-de-semana distintos, nada tem a ver com o outro. Só assim é possível atrair os diferentes públicos apreciadores dos diversos géneros de música, um corolário óbvio devido à segmentação do mercado. Mas aquilo que mais marca a diferença do Rock in Rio é - não uma especial devoção pelo direito à diferença - mas o facto de contratar os maiores artistas de cada segmento.
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Ninguém no seu perfeito juízo é capaz de disputar que os Rolling Stones (quinta-feira, 29 de maio) são a maior banda de rock do mundo atualmente em digressão. Ou que Justin Timberlake (domingo, 1 de junho) se apresenta com uma produção à americana que o conduziu ao estatuto de mestre do entretenimento. Ou que os Arcade Fire (sábado, 31 de maio) são, neste momento, a coqueluche da música alternativa. Ou que os Queens of the Stone Age são os reis do rock mais pesado (sexta-feira, 30 de maio). Isso implica um orçamento muito alto para contratações, o que no caso dos Rolling Stones pode querer dizer a capacidade de oferecer uma garantia bancária de cinco milhões de dólares à banda de Mick Jagger e Keith Richards. Um investimento que, contudo, é essencial para a marca Rock in Rio poder continuar a afirmar-se como um dos maiores festivais do mundo junto do público mas, ainda mais, junto das marcas.
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3 É um festival que não precisa de vender bilhetes. O modelo de negócio do Rock in Rio, ao contrário do que sucede, sobretudo, no estrangeiro não está assente nas receitas oriundas das bilheteiras. É dos patrocinadores, a quem são vendidos os contactos gerados não só dentro do recinto mas também nos meios de comunicação associados que comunicam o evento com muitos meses de antecedência, que vem a maior parte das receitas. Isso justifica, por exemplo, o elevado número de bilhetes que é oferecido. Mas também o paradoxo de o Rock in Rio poder, no limite, ser um festival que dá lucro sem vender uma única entrada.
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Em entrevista ao Expresso, Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, confessava que dedicava muito pouco tempo da sua vida a escolher os artistas que compunham o cartaz de cada uma das edições do festival. E que essa escolha era feita com recurso a métricas que provavam ser este ou aquele artista o que tem uma maior audiência. Confessava ainda que dispendia todo o seu esforço na captação de patrocínios, algo indissociável da sua atividade anterior enquanto publicitário. E esse é o ovo de Colombo do Rock in Rio, um festival com custos na ordem dos 25 milhões de euros, uma quantia muito provavelmente inferior ao que a Vodafone (que substitui o Millennium na qualidade de principal patrocinador), a Caixa Geral de Depósitos, o Continente, a EDP, a Pepsi e a Heineken terão investido na edição deste ano.
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O Rock in Rio é diferente de todos os outros festivais. Em rigor até pode nem ser um festival. Eis 3 razões que distinguem e que podem justificar uma ida ao Parque da Bela Vista