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Nova vaga de rescisões no Sporting deixa €100 milhões em risco

Foto Lusa

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Bruno Fernandes, William Carvalho e Gelson Martins apresentaram esta segunda-feira a rescisão de contrato. Juntam-se a Rui Patrício e Podence

Texto Hugo Tavares da Silva

De equipa mais representada na seleção portuguesa, o Sporting arrisca-se agora a ficar sem qualquer jogador nos 23 de Fernando Santos. Aos casos de Rui Patrício e Daniel Podence juntam-se agora os pedidos de rescisão de Gelson Martins, William Carvalho e Bruno Fernandes, já entregues à Federação Portuguesa de Futebol, Liga de Clubes e Sindicato de Jogadores Profissionais, confirmou o Expresso. O francês Jérémy Mathieu e o holandês Bas Dost poderão ser os próximos a exigir a saída de Alvalade.

Os jogadores em causa estão avaliados, diz o site de referência do futebol Transfermarkt, em quase 100 milhões de euros: Gelson (30 milhões), William (25) e Bruno Fernandes (20) são os mais valiosos, seguidos pelo guarda-redes e capitão do clube (16) e por Daniel Podence (4,5), um avançado que cumpriu apenas 516 minutos na Liga.

No início de junho, Bruno de Carvalho confirmou em conferência de imprensa que Podence e Patrício apresentaram a carta de rescisão. Sensivelmente dez dias depois, Gelson, William e Bruno Fernandes, todos em estágio na Rússia, seguem o mesmo caminho. O Besiktas passa a ser o clube mais representado na seleção nacional, graças às presenças de Ricardo Quaresma e Pepe.

Rui Patrício esteve associado ao Napoli e ao Wolves, de Nuno Espírito Santo, uma transferência falhada que resultou numa troca de galhardetes na praça pública entre o Sporting e a Gestifute, a empresa de Jorge Mendes que liderava o dossier. O negócio acabou por falhar e o jogador optou por rescindir unilateralmente, aparecendo já sem clube na lista do Campeonato do Mundo.

No sábado, o presidente do Sporting anunciou a intenção de processar Rui Patrício e Podence, alegando que as rescisões “representam um crime gravíssimo de difamação e calúnia que não vai ser deixada em claro”. Bruno de Carvalho diz que os jogadores proferiram “acusações inacreditáveis” e que está “farto de chantagens de alguns advogados e agentes”.

Numa altura de incertezas, com avanços e recuos no agendamento da assembleia geral de destituição do presidente e eventuais novas saídas de jogadores, o Sporting regressa aos trabalhos no dia 21 de junho (o primeiro particular joga-se a 29). O clube ainda não garantiu um treinador para a próxima época, após a saída de Jorge Jesus para o Al Hilal, da Arábia Saudita.