Cultura
Cinema à 5ª
Garganta funda
Liam Neeson interpreta Mark Felt em “O Homem que Derrubou a Casa Branca”
Peter Landesman escreve e realiza “Mark Felt — O Homem que Derrubou a Casa Branca”, sobre a história do homem que denunciou o envolvimento do Presidente Richard Nixon no Caso Watergate. Estreia-se esta quinta-feira nas salas de cinema nacionais
Texto João Miguel Salvador
Figura misteriosa durante mais de 30 anos, Mark Felt decidiu dar a cara três décadas após o escândalo político conhecido como Watergate e revelar que era ele o Garganta Funda. Tudo aconteceu em 2005, quando a identidade da fonte dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein — que dava detalhes aos repórteres sobre o envolvimento do presidente Richard Nixon no Caso Watergate —, foi revelada. Apesar da revelação, isso não fez com que a vida privada e profissional de Felt fosse vasculhada ou que todos passassem a conhecer em detalhe o seu percurso. O subdiretor do FBI arriscou a carreira, a família e a liberdade em prol da verdade, mas isso não fez dele uma estrela.
“Mark Felt — O Homem que Derrubou a Casa Branca” é assim a história do anónimo mais famoso da história americana, mostrando o Caso Watergate de uma perspetiva diferente. Aqui dá-se a visão das altas figuras dos gabinetes do poder e de um governo em crise, num filme em que Liam Neeson interpreta Felt e Diane Lane dá vida a Audrey, a esposa deste. O que levou Felt a tornar-se informador? Como manteve o segredo durante tantos anos? São muitas as perguntas no ar, mas esta longa-metragem feita a partir de factos verídicos pode trazer algumas respostas.
Baseado no livro em que Mark Felt conta tudo, “Mark Felt — O Homem que Derrubou a Casa Branca” conta com argumento e realização de Peter Landesman — responsável por títulos como “Parkland”, sobre o dia em que o Presidente John F. Kennedy foi morto, ou “Matem o Mensageiro”, a partir da história real de um jornalista de investigação em perigo por expor a verdade —, que volta a dedicar-se à tarefa de levar a realidade para o mundo da ficção.
O filme conta com Liam Neeson, Diane Lane, Baillie Walsh, Maika Monroe, Michael C. Hall e Wendi McLendon-Covey no elenco principal, embora tenha também a participação de nomes como Noah Wyle, Eddie Marsan, Michael C. Hall, Kate Walsh, Tom Sizemore, Ike Barinholtz, Tony Goldwyn e Josh Lucas. “Mark Felt — O Homem que Derrubou a Casa Branca” estreou-se esta quinta-feira nas salas de cinema nacionais.
Título “Mark Felt — O Homem que Derrubou a Casa Branca”
Realização Peter Landesman
Atores Baillie Walsh, Diane Lane, Ike Barinholtz, Liam Neeson, Maika Monroe, Michael C. Hall, Wendi McLendon-Covey
Duração 1h43
Pontuação dos críticos do Expresso: Francisco Ferreira –
Vasco Baptista Marques –
Outros Destaques
“Atos de Vingança”
Ela serve-se fria
Frank Valera (Antonio Banderas) está completamente destroçado pelo duplo homicídio que vitimou a sua mulher e a filha de ambos e o sentimento de injustiça não o deixa prosseguir com a própria vida. Em “Atos de Vingança”, de Isaac Florentine, conta-se a história de um advogado criminal que faz um voto de silêncio e se prepara para uma missão com intuito de vingar a morte de quem amava. Neste drama cheio de ação, “as ações falam mais alto do que as palavras”.
Título “Actos de Vingança”
Realização Isaac Florentine
Atores Antonio Banderas, Atanas Srebrev, Cristina Serafini, Isaac Florentine, Lillian Blankenship, Owen Davis
Duração 1h27
O filme não figura nas Estrelas da Semana dos críticos do Expresso.
Outros Destaques
“A Agente Vermelha”
Mulher fatal
Antiga bailarina de exceção, Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) sofreu uma lesão grave que pôs um termo à sua carreira e encontra uma nova vida num programa de uma agência de serviços secretos. É lá que se treinam jovens excecionais, cujos corpos e mentes são depois usados como armas, e Dominika revela-se a mais perigosa agente do programa. “A Agente Vermelha” é o mais recente filme de Francis Lawrence.
Título “A Agente Vermelha”
Realização Francis Lawrence
Atores Charlotte Rampling, Ciarán Hinds, Jennifer Lawrence, Jeremy Irons, Joel Edgerton, Mary-Louise Parker, Matthias Schoenaerts
Duração 2h19
Pontuação dos críticos do Expresso: Jorge Leitão Ramos –