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Luanda fecha colégio a pedido de Ancara

Professores turcos têm cinco dias para abandonar o país. Erdogan associa-os à rede de Fethullah Gülen

O Colégio Esperança Internacional, em Luanda, foi ontem encerrado, na sequência de uma rusga por parte das forças policiais na passada quinta-feira, que terminou com a detenção dos professores turcos que lecionam naquele estabelecimento de ensino.

O colégio estava na mira das autoridades angolanas desde que o Presidente turco, Erdogan, informou o Governo angolano de que aquela escola fazia parte da rede internacional do clérigo islamita Fethullah Gülen, seu ex-aliado, mas que agora estigmatiza como mentor do golpe de Estado de julho.

Na quinta-feira, após a invasão policial do colégio, alguns professores acabaram por ser encaminhados para um dos estabelecimentos prisionais de Luanda, bem como alguns encarregados de educação angolanos, por terem oferecido resistência.

Outros foram transportados para parte incerta numa viatura com vidros fumados dos Serviços de Migração e Estrangeiros. “Foram buscá-los de sala em sala”, contou Júlio Bessa, antigo ministro das Finanças, indignado com o ambiente de terror a que foram sujeitos os seus filhos e as outras crianças que assistiram a detenção dos professores.

Ao princípio da tarde de quinta-feira alguns professores regressaram ao colégio. No entanto, este acabaria por ter as suas portas fechadas a cadeado no dia seguinte. Quanto aos cidadãos turcos, terão agora cinco dias para abandonar o país, por ordem das autoridades.

Costa em Angola na primavera

Ministro dos Negócios Estrangeiros negociou visita do primeiro--ministro no mais breve tempo possível

Augusto Santos Silva tem a expectativa de que a visita do primeiro-ministro a Angola ocorra já na primavera. Em visita a este país desde quinta-feira, o ministro encontrou-se ontem com o Presidente José Eduardo dos Santos e os ministros dos Exteriores e da Defesa, tendo ficado acertado que essa deslocação se realizará na primeira data que for conveniente para os dois países, segundo afirmou ao Expresso.

As eleições em Angola realizam-se em agosto, pelo que a visita terá de se realizar antes do início da campanha eleitoral. A deslocação do primeiro-ministro abrirá caminho para a posterior visita do Presidente Marcelo.

O ministro adiantou que as conversações se realizaram num “muito bom clima, de grande serenidade e confiança” e anunciou que as empresas portuguesas podem concorrer ao programa de regularização dos pagamentos em kwanzas em atraso, embora a questão da transferência de divisas não tenha ficado resolvida. Prevê-se que a linha de crédito de apoio às empresas possa ser aumentada até aos €1500 milhões. Na próxima semana virá a Portugal o ministro da Agricultura angolano e, depois, a ministra da Justiça portuguesa irá a Angola.

PSD e CDS contra ajudas a Medina

Partidos querem que o Governo explique os apoios do Metro à gestão camarária da Carris

Os sociais-democratas exigem que o Executivo esclareça “quem paga os benefícios que o presidente da Câmara de Lisboa anuncia”, numa referência a medidas de Fernando Medina para a Carris, parte das quais são suportadas pelo Metro. Em pergunta ontem feita no Parlamento (onde na terça-feira estará o ministro do Ambiente), o PSD quer saber se Medina está “autorizado ou mandatado” pelo Governo. Para o CDS está em curso “uma estratégia eleitoralista de Medina, que será paga pelo Governo até ao dia das eleições”.

Portugueses apaixonados pelos modernistas

ALMADA A exposição “José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno”, que abriu na Gulbenkian fez ontem uma semana, está a obter números recorde. Nos primeiros sete dias contabilizaram-se 7007 visitantes, aos quais se podem acrescentar os cerca de 1500 convidados para a pré-inauguração, a 2 de fevereiro. As mais de 400 obras do “português sem mestre” estarão ali expostas até 5 de junho. Também surpreendentes são os números alcançados pela exposição “Amadeo de Souza-Cardoso/Porto Lisboa/ 2016-1916”. No Porto, onde esteve patente no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1 de novembro e 31 de dezembro, totalizou 43.045 visitantes, de acordo com informação prestada pela direção. Já em Lisboa, onde a exposição estará até 26 de fevereiro, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, contaram-se, até quinta-feira, 15.674 visitas. Outro fenómeno é “Joan Miró: materialidade e metamorfose”, que se inaugurou a 1 de outubro em Serralves, onde estará até 4 de junho. Fonte daquela fundação adiantou que o número de visitas já ultrapassou as cem mil. FOTO tiago miranda

ALMADA A exposição “José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno”, que abriu na Gulbenkian fez ontem uma semana, está a obter números recorde. Nos primeiros sete dias contabilizaram-se 7007 visitantes, aos quais se podem acrescentar os cerca de 1500 convidados para a pré-inauguração, a 2 de fevereiro. As mais de 400 obras do “português sem mestre” estarão ali expostas até 5 de junho. Também surpreendentes são os números alcançados pela exposição “Amadeo de Souza-Cardoso/Porto Lisboa/ 2016-1916”. No Porto, onde esteve patente no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1 de novembro e 31 de dezembro, totalizou 43.045 visitantes, de acordo com informação prestada pela direção. Já em Lisboa, onde a exposição estará até 26 de fevereiro, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, contaram-se, até quinta-feira, 15.674 visitas. Outro fenómeno é “Joan Miró: materialidade e metamorfose”, que se inaugurou a 1 de outubro em Serralves, onde estará até 4 de junho. Fonte daquela fundação adiantou que o número de visitas já ultrapassou as cem mil. FOTO tiago miranda

Taxa turística rende 13,5 milhões a Lisboa

Parte da receita — 3,5 milhões — já está a ser usada para promoção da cidade. O restante vai para projetos culturais

No primeiro ano em que foi cobrada, a Taxa Municipal Turística de Lisboa rendeu €13,5 milhões — €9 milhões provenientes de empreendimentos turísticos, €2,8 milhões de alojamento local e €1,7 milhões resultam do acordo entretanto feito com a plataforma Airbnb. Parte da receita (€3,5 milhões) já está aplicada na promoção da cidade. O restante está destinado para projetos de cultura e património.

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