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\r\n \r\n \r\n MÍSTICA Por estes dias, o Cabeço do Cerro (visto da praça onde se realiza a centenária feira da Malveira) é local de romaria mais visitado do que o terceiro anel FOTO JOSÉ CARIA\n\r\n \r\n
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MALVEIRA

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Nos bastidores do novo ninho da águia

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Junto à Malveira, perto de Lisboa, ergue-se um enorme símbolo do Benfica. O Expresso acompanhou desde os primeiros dias a operação, traçada pelo teodolito e desbravada à enxada. Na semana em que a equipa de futebol dos encarnados inicia a época, revelamos os bastidores de um trabalho feito no meio da Natureza. Por amor à camisola. Com muito vento, suor e pó. E alguns perigos

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REPORTAGEM PAULO PAIXÃO EDIÇÃO VÍDEO JOÃO SANTOS DUARTE

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Agora que o verão vai dando uns sinais, são mais as pessoas a viajar pela A8 e pela A21, a Norte de Lisboa, em direção às praias da Ericeira. A meio caminho, ao passar pela Malveira, quem mirar a Sul descobre uma nova paisagem.

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Nela destaca-se, imponente, uma águia gigante, cavada na encosta do Cabeço do Cerro. Tem o tamanho de um campo de futebol: 100 metros na vertical (desde a ponta superior da estrela ao número da base) por 80 na horizontal (entre as extremidades das asas).

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A obra, da lavra de benfiquistas da Malveira (as instalações da Casa do Benfica local são as maiores do país), celebra a época vitoriosa do clube. E parece lembrar a adversários mais distraídos o saldo atual de títulos: 33 campeonatos, 25 taças de Portugal e 5 taças da Liga.

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As chuvas tardias de 2014 obrigaram a reavivar as marcações

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A empreitada fez-se por adjudicação direta, com muita carolice. Foram 17 dias, abarcando três fins de semana, entre as marcações do local e os primeiros retoques no acabamento, com a colocação de pó de cal e de tijolo.

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A operação teve de ser repetida. Como a chuva tem marcado presença nas últimas semanas, foi necessário reavivar as pinturas branca e vermelha que rasgam o verde da pastagem. É preciso um polimento extra para que o ex-líbris esteja à altura dos dias que se vivem.

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Esta quinta-feira, o Benfica começa a preparar a época 2014-2015. No próximo domingo, os benfiquistas da Malveira realizam a festa anual. Haverá mostra das atividades da Casa, como a dança, e a exibição de um rancho folclórico. Dois ou três porcos no espeto e sardinhas assadas estão no cardápio e serão certamente um bom chamariz.

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UM PEQUENO TRABALHO FARAÓNICO

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Manhãs e tardes houve em que apenas três pessoas (quase sempre as mesmas) lutaram contra os empecilhos do lugar. Declives acentuados, arbustos dispostos a pregar rasteiras e um vento cortante e irritante a lançar para a cara poeira da terra recém-cavada e pó de cal.

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Muito material foi acarretado às costas. De maior peso, quase três toneladas de cal (em sacos de 22,5 kgs), mais de uma tonelada de pó de tijolo (em sacos de 25 kgs) e 200 estacas de ferro (com um metro e meio de altura).

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O trabalho, bem suado, foi, no entanto, tornado menos difícil pela precisão da topografia. No sopé do monte, através do taqueómetro (vulgo teodolito), o topógrafo dá instruções à equipa no cimo da encosta (pontos com um desnível de 140 metros e a 600 metros de distância em linha reta).

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Quem ouve as indicações coloca depois o bastão (o alvo) no sítio certo. Uma medição ao centímetro. Depois é espetada uma estaca de ferro (uma por cada ponto do desenho).

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Com os contornos do símbolo feitos, passa-se então à limpeza do terreno. Primeiro, o mato é cortado o mais rente possível, com uma roçadora. Depois, entra em cena a enxada, para retirar toda a réstia de ervas e arbustos, incluindo raízes.

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Em cima da terra virgem, muito negra e solta, de grãos ínfimos, a fazer a inveja de qualquer jardineiro, serão depois marcadas as asas e as garras da águia, o cachecol, as estrelas e a contagem de taças e campeonatos.

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NO SOPÉ DO MONTE “Quando chegares ao fim estás em forma”

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ARTISTAS E CARREGADORES DE PIANO

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João Quinto, 61 anos, armeiro de profissão, é a alma da Casa do Benfica da Malveira. Foi o primeiro presidente da direção e está sempre na linha da frente, de mangas arregaçadas. Ou de t-shirt no cimo do monte, onde o vento frio e forte gela os ossos.

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Nem é um homem de muitas ou exuberantes falas. Mas quando dispara o verbo é certeiro.

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À VISTA João Quinto, no terraço da Casa do Benfica, um camarote de primeira para o monte. Perto da vista, perto do coração... FOTO JOSÉ CARIA\n

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Outro dos fundadores da Casa e titular habitual das equipas que sobem ao Cabeço do Cerro é Miguel Correia, 40 anos, serralheiro e animador de festas.

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Mas o apelido que em 2014 esteve em maioria na encosta foi o Pereira: Artur (de 69 anos, serralheiro civil), Florinda (49) e Tatiana (18, a benjamim do “team”).

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Testemunhos e motivações de benfiquistas de várias gerações, uns de longa data, outros de conversão ainda fresca. O plantel pode ter sido curto em dados momentos, mas foi sempre coeso. E polivalente: ao mesmo tempo, foram artistas e carregadores de piano.

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A nenhum voluntário o cansaço tirou a boa disposição. Houve, claro, pitadas de veneno para adversários de estimação. E até para companheiros de bancada.

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UMA CONVERSA DE CAFÉ “Anda ali um bando de malucos a estragar a serra”

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DAR O CORPO AO MANIFESTO

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A Natureza observada do Cabeço do Cerro (propriedade de um sportinguista, o ganadeiro Agostinho Pontes Dias) tem muito de bela. São as vistas dos montes em redor, fonte dos outrora afamados “ares da Malveira”, ou sobre o mar da Ericeira, em dias de céu limpo. É também o recorte da Serra de Montejunto, bem mais a Norte, em dias de bom tempo. É o ar puro.

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Só que o passeio está cheio de obstáculos. Para começar, é preciso andar a pé umas centenas de metros. De início, por um pequeno trilho. De seguida, mais em corta-mato, em solo esburacado e íngreme. Depois, tem de passar-se debaixo de uma vedação, com muito cuidado, para evitar o arame farpado nas costas ou na cabeça.

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É um bom começo, mas ainda faltam os metros mais difíceis. O terreno empina (a inclinação chega aos 45 graus).

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CUIDADO! Com terreno assim, é preciso saber meter os pés FOTO PAULO PAIXÃO\n

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Quando se circunda a serra, o equilíbrio só se consegue tombando lateralmente o corpo e fletindo os tornozelos para que a sola das botas assente na totalidade em chão firme.

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Já no sobe & desce da encosta, movimento em que os riscos de queda são mais elevados, os apoios obrigatórios são nos bicos dos pés e nos calcanhares.

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Para quem vive a experiência pela primeira vez, e está desacostumado do vaivém dos atalhos rurais, a fatura surge horas depois. Já em repouso, todos os músculos desde os pés até à cintura acusam o esforço. Depois a gente habitua-se...

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A boa notícia é que no regresso a casa todos os santos ajudam: é sempre para baixo.

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ENCOSTA DO GADO BRAVO

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Com tanta subida, descida e solavanco, o corpinho e o juízo ficam bem moídos (mais ainda para quem andou de enxada ou roçadora na mão). Mas há riscos maiores para quem se aventura no novo ninho da águia. Pelo caminho, sempre são tomadas cautelas. Quando é o caso, fazem-se pequenos desvios para driblar o gado bovino, dono e senhor da serra.

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No Cabeço do Cerro, às portas da Malveira - conhecida pela sua feira semanal, onde o gado começou a ser negociado ainda no final do século XVIII -, é o touro que muitas vezes domina a linha do horizonte.

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ÍCONES A águia e o touro coabitam agora no Cabeço do Cerro FOTO JOSÉ CARIA \n

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Apesar das táticas defensivas dos intrusos, há momentos em que a realidade choca de frente com os nossos olhos. Numa tarde de muito vento, duas reses bravas abeiram-se dos trabalhos, como se quisessem também entrar em jogo.

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João Quinto enxota o gado. Desafia-o de modo destemido, parece até disposto a uma pega de caras. Aproxima-se uma primeira ajuda, mas por dever de outro ofício. E agora? Elas investem ou não? Se sim, nós fugimos para onde? (Não havia para onde.)

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“A angústia do guarda-redes antes do penalty” deve ser mais ou menos assim. Ora vejam…

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GADO À SOLTA Foi quase uma pega de caras

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